Os argumentos causais são os argumentos onde se conclui que uma coisa ou acontecimento causa outra. São muito comuns mas, como a relação entre causa e efeito é complexa, é fácil cometer erros. Em regra, diz-se que C é a causa do efeito E se e só se:
Diz-se “geralmente” porque há sempre excepções. Diz-se, por exemplo, que riscar o fósforo é a causa da chama porque:
Muitos especialistas requerem também que uma afirmação causal seja apoiada por uma lei da natureza. Por exemplo, a afirmação “riscar o fósforo é a causa da chama” é justificado pelo princípio “a fricção produz calor, e o calor produz o fogo”.
O nome em Latim significa: “depois disso, logo, por causa disso”. Isto descreve a falácia. Um autor comete a falácia quando pressupõe que, por uma coisa se seguir a outra, então aquela teve de ser causada por esta.
Exemplos:
Prova: Mostre que a correlação é coincidência, mostrando: 1) que o “efeito” teria ocorrido mesmo sem a alegada causa ocorrer, ou que 2) o efeito teve uma causa diferente da que foi indicada.
Sustenta-se que uma coisa causa outra mas, de facto, são ambas o efeito de uma mesma causa subjacente. Esta falácia é muitas vezes apresentada como um caso especial de falácia post hoc ergo propter hoc.
Exemplos:
Prova: Identifique os dois efeitos e mostre que ambos são provocados pela mesma causa subjacente. É preciso indicar a causa oculta e provar que ela causa cada efeito.
Referências: Cedarblom e Paulsen: 238.
O objecto ou evento identificado como a causa de um efeito, é uma causa genuína — mas insignificante quando comparada com outras causas desse evento. Note-se que não se trata desta falácia quando todas as outras
causas são igualmente insignificantes. Não é falacioso dizer que a sua ajuda causou a derrota do partido do governo, porque o seu voto tem o mesmo peso de qualquer outro voto e, portanto, é igualmente parte da causa.
Exemplos:
Prova: Identifique uma causa mais significativa.
Referências: Cedarblom e Paulsen: 238.
A relação entre causa e efeito é invertida.
Exemplos:
Prova: Exponha um argumento causal, mostrando que a relação entre causa e efeito foi, de facto, invertida.
Referências: Cedarblom e Paulsen: 238.
O efeito é provocado por um certo número de objectos ou eventos, dos quais a causa identificada é apenas um parte. Uma variante disto são os ciclos de feedback onde o efeito é ele mesmo parte da causa.
Exemplos:
Prova: Mostre que todas as causas e não apenas aquela que foi mencionada são precisas para explicar o efeito.
Referências: Cedarblom e Paulsen: 238.
Stephen Downes