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Crítica
8 de Junho de 2024   História da filosofia

Gottfried Wilhelm Leibniz

Robert C. Sleigh
Tradução de Desidério Murcho

Gottfried Wilhelm Leibniz (1646–1716) foi um filósofo racionalista alemão que contribuiu proficuamente para a geologia, a linguística, a historiografia, a matemática e a física, assim como a filosofia. Nasceu em Leipzig e morreu em Hanôver. Com formação em direito, ganhava a vida como conselheiro, diplomata, bibliotecário e historiador, sobretudo no tribunal de Hanôver. Os seus contributos na matemática, na física e na filosofia eram conhecidos e reconhecidos entre os contemporâneos cultos, devido a publicações nas principais revistas académicas europeias e à vasta correspondência com intelectuais de vários campos. No seu tempo, era sobretudo conhecido devido aos contributos na matemática, especialmente o desenvolvimento do cálculo infinitesimal, quanto ao qual houve um debate sobre se se deveria atribuir a Newton ou a Leibniz o crédito pela prioridade da descoberta. A opinião académica actual parece ter chegado ao seguinte: cada um deles descobriu independentemente do outro os fundamentos básicos do cálculo infinitesimal; a descoberta de Newton é anterior à de Leibniz; a publicação por parte de Leibniz da teoria básica do cálculo infinitesimal foi anterior à de Newton.

Os contributos de Leibniz na filosofia eram conhecidos dos seus contemporâneos por meio de artigos publicados em revistas académicas, correspondência e um livro publicado durante a sua vida, a Teodiceia (1710). Escreveu um livro que é um estudo da filosofia de Locke, Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano, mas decidiu não o publicar quando soube da morte de Locke. O exame dos escritos de Leibniz depois da sua morte revelou que o que publicou em vida não foi senão a ponta do icebergue.

A formulação talvez mais completa da sua metafísica da maturidade ocorre na sua correspondência (1698–1706) com Burcher de Volder, um professor de filosofia da Universidade de Leida. Aí, Leibniz formula a sua tese ontológica básica:

Considerando as coisas com precisão, será preciso dizer que nada há nas coisas excepto substâncias simples e, nestas, nada senão percepção e apetite. Além disso, a matéria e o movimento não são a bem dizer substâncias ou coisas, mas antes fenómenos de seres perceptivos, a realidade dos quais se encontra na harmonia de cada ser perceptivo consigo mesmo (com respeito a diferentes momentos do tempo) e com os outros seres perceptivos.

Nesta passagem, Leibniz afirma que os indivíduos básicos de uma ontologia aceitável são todos mónadas, ou seja, entidades imateriais sem partes espaciais, cujas propriedades básicas são uma função das suas percepções e apetites. Leibniz sustentava que cada mónada percepciona todas as outras com diferentes graus de clareza, excepto Deus, que percepciona todas as mónadas com completa clareza. As teses principais de Leibniz com respeito à causalidade entre as mónadas criadas são as seguintes: Deus cria, mantém e participa nas acções de cada mónada criada; cada estado de uma mónada criada é uma consequência causal do seu estado anterior, excepto o estado em que se encontrava quando foi criada e os estados que resultam da causalidade divina milagrosa; a causalidade intrasubstancial é a regra com respeito às mónadas criadas, que estão impedidas de causalidade intersubstancial, um modo de operação reservado a Deus.

Leibniz estava ciente dos elementos da sua monadologia que parecem contra-intuitivos, e que, por exemplo, parece haver entidades extensas constituídas por partes, existindo no espaço e no tempo, e que interagem causalmente entre si. Na segunda frase da passagem citada, Leibniz apresenta alguns dos elementos da sua teoria da harmonia preestabelecida, que entre outras coisas visa salvar aquelas aparências que estão suficientemente bem fundadas para o merecerem. No caso de objectos materiais, Leibniz formulou uma versão de fenomenismo, baseada na harmonia entre as percepções das mónadas. No caso das aparentes relações causais intersubstanciais entre mónadas criadas, Leibniz propôs uma análise segundo a qual a realidade subjacente é um incremento da clareza das percepções relevantes do agente aparentemente causal, em combinação com um decréscimo proporcional na clareza das percepções relevantes do paciente aparente.

Leibniz tratou os objectos materiais e as relações causais intersubstanciais entre entidades criadas como fenómenos bem fundamentados. Em contraste, tratava o tempo e o espaço como entidades ideais. A metafísica da maturidade de Leibniz inclui uma classificação tripartida de entidades às quais é preciso atribuir algum grau de realidade: entidades ideais, fenómenos bem fundamentados e existentes actuais, ou seja, as mónadas com as suas percepções e apetites. Na passagem citada, Leibniz propõe-se distinguir as entidades actuais, as mónadas, das entidades materiais, que considerava fenómenos bem fundamentados. Na passagem seguinte de outra carta a Volder, formulou a distinção entre entidades actuais e entidades ideais:

Nas entidades actuais nada há além de quantidade discreta, nomeadamente, um sem-número de mónadas, ou seja, substâncias simples […]. Mas a quantidade contínua é ideal, diz respeito a possíveis, e a actuais, na medida em que são possíveis. Na verdade, um contínuo acarreta partes indeterminadas, ao passo que, em contraste, nada há de indefinido em entidades actuais, nas quais se faz toda a divisão que se possa fazer. As coisas actuais são constituídas como um número é constituído de unidades, e as coisas ideais são constituídas como um número é constituído por fracções. As partes são actuais no todo real, mas não no ideal. Ao confundir coisas ideais com substâncias reais quando procuramos partes actuais na ordem dos possíveis e partes indeterminadas no agregado de coisas actuais, ficamos enredados no labirinto do contínuo e caímos em contradições inexplicáveis.

O contínuo era um dos dois labirintos que, segundo Leibniz, atormentavam o espírito filosófico. As suas perspectivas sobre o rumo apropriado a seguir para desembaraçar o contínuo é uma das fontes da sua monadologia. Em última análise, concluiu que o que for infinitamente divisível sem chegar a entidades indivisíveis não é algo que pertença à categoria ontológica básica. As suas investigações sobre a natureza da individuação e da identidade ao longo do tempo forneceram-lhe as premissas a partir das quais concluiu que só as entidades indivisíveis são em última análise reais, e que um indivíduo só persiste ao longo do tempo se os seus estados posteriores forem consequências causais dos anteriores. Ao burilar as sagazes ideias metafísicas que resultaram na sua monadologia, Leibniz formulou e defendeu várias teses metafísicas importantes, como a identidade dos indiscerníveis (as substâncias individuais diferem com respeito às suas propriedades intrínsecas, não-relacionais); e a doutrina das percepções ínfimas (cada substância criada tem algumas percepções de que não está ciente).

Ao fornecer o que considerava tratar-se de uma explicação aceitável dos fenómenos bem fundamentados, formulou várias teses em oposição à ortodoxia cartesiana dominante no seu tempo, com respeito à natureza dos objectos materiais. Em particular, defendeu que uma aplicação correcta das descobertas de Galileu sobre a aceleração de corpos em queda livre e os fenómenos do impacto indicava que a força não é de identificar com a quantidade de movimento, ou seja, com a produto da massa pela velocidade, como Descartes defendia, devendo antes ser medida pelo produto da massa pelo quadrado da velocidade.1 Além disso, defendeu que é a força, medida como o produto da massa pelo quadrado da velocidade, que é conservada na natureza, e não a quantidade de movimento.2 Destes resultados, Leibniz retirou algumas conclusões metafísicas importantes. Defendeu que a força, ao contrário da quantidade de movimento, não pode ser reduzida a uma conjunção de modificações da extensão. Mas a força é uma propriedade central dos objectos materiais. Assim, concluiu que Descartes estava enganado ao tentar reduzir a matéria à extensão e às suas modificações. Leibniz concluiu que cada substância material tem de ter uma forma substancial que dá conta da sua força activa. Estas conclusões têm a ver com entidades que Leibniz via como fenoménicas. E retirou conclusões análogas com respeito às entidades que considerava reais em última análise, ou seja, as mónadas. Assim, apesar de Leibniz sustentar que cada mónada é absolutamente simples, ou seja, sem partes, sustentava também que a distinção entre matéria e forma se aplica a cada mónada criada. Numa carta a Volder, escreveu o seguinte:

Consequentemente, distingo 1) a enteléquia primitiva, ou alma, 2) a matéria primitiva, ou seja, o poder passivo primitivo, 3) as mónadas que resultam destes dois, 4) massa, ou seja, a matéria segunda […] na qual inúmeras mónadas subordinadas se juntam, 5) a substância animal, ou seja, corpórea, que uma mónada dominante torna numa máquina.

O segundo labirinto que atormentava o espírito filosófico, segundo Leibniz, era a liberdade. É apropriado dizer que para Leibniz o labirinto da liberdade era fundamentalmente uma questão de como é possível alguns estados de coisas ocorrerem contingentemente, ou seja, como é possível algumas proposições verdadeiras poderem ter sido falsas. Há duas fontes distintas do problema da contingência na filosofia de Leibniz; um deles é teológico e o outro filosófico. Compreende-se cada um deles tendo em consideração um argumento que parece ter premissas aceitáveis para Leibniz e cuja conclusão é que todo o estado de coisas que ocorre, ocorre necessariamente e, portanto, que não há proposições contingentes.

O argumento metafísico centra-se em algumas da teses de Leibniz sobre a natureza da verdade. Leibniz sustentava que o valor de verdade de todas as proposições fica determinado depois de se atribuir valores de verdade às proposições elementares, ou seja, as proposições expressas por frases com a forma sujeito-predicado. E Leibniz sustentava que uma frase com essa forma exprime uma proposição verdadeira se e só se o conceito do seu predicado está incluído no conceito do seu sujeito. Mas isto faz parecer que Leibniz estava comprometido com a perspectiva de que uma proposição elementar é verdadeira se e só se for conceptualmente verdadeira, de onde parece seguir-se que uma proposição elementar é verdadeira se e só se for necessariamente verdadeira. As perspectivas de Leibniz quanto à relação entre o valor de verdade de proposições que não são elementares e o valor de verdade das que o são parece assim ter como consequência lógica que não há proposições contingentes. Leibniz rejeitava esta conclusão dado rejeitar a tese de que se uma proposição elementar for conceptualmente verdadeira, então é necessariamente verdadeira. Os materiais para a sua rejeição desta tese encontram-se nas teses relacionadas com o seu programa para lançar uma ciência universal (scientia universalis). Este programa tinha duas partes: uma notação universal (characteristica universalis), cujo propósito era fornecer um método para registar factos científicos numa notação algébrica transparente, e um sistema formal de raciocínio (calculus ratiocinator) para raciocinar sobre os factos registados. O que apoiava a crença de Leibniz na possibilidade e utilidade da characteristica universalis e do calculus ratiocinator era a sua tese de que todos os conceitos emergem de conceitos primitivos simples por via da conjunção e complementação de conceitos. Em virtude desta tese, sustentava que todos os conceitos podem ser analisados nas suas componentes simples, primitivas, com esta ressalva: em alguns casos, não há uma análise finita de um conceito nas suas componentes primitivas; mas há uma análise que converge para as componentes primitivas, sem conseguir alcançá-las. Esta é a doutrina da análise infinita, que Leibniz aplicava para afastar a ameaça à contingência que a sua abordagem da verdade aparentemente levantava. Leibniz sustentava que uma proposição elementar é necessariamente verdadeira se e só se há uma análise finita que revela que o conceito do seu predicado está incluído no conceito do seu sujeito. Em contraste, uma proposição elementar é contingentemente verdadeira se e só se essa análise finita não existe, mas há uma análise do conceito do seu predicado que converge numa componente do conceito do seu sujeito.

O argumento teológico pode ser apresentado como se segue. Não haveria mundo caso Deus não escolhesse criar um mundo. Como ocorre com qualquer escolha e, na verdade, com qualquer estado de coisas que ocorre, tem de haver uma razão suficiente para essa escolha, ou para esse estado de coisas ocorrer — isto é o que significa o princípio da razão suficiente, segundo Leibniz. A razão para Deus escolher um mundo tem de estar no poder de Deus e no seu carácter moral. Mas Deus é todo-poderoso e moralmente perfeito, atributos estes que Deus tem por necessidade. Logo, por necessidade, Deus escolheu criar o melhor mundo possível. Seja qual for o mundo que é o melhor, é-o por necessidade. Logo, seja qual for o mundo que é actual, é-o por necessidade. Um mundo possível é definido com respeito aos estados de coisas que nele ocorrem. Logo, sejam quais forem os estados de coisas que ocorrem, ocorrem por necessidade. Consequentemente, não há proposições contingentes.

As opções de Leibniz aqui não eram muitas. Estava comprometido com a tese de que o princípio da razão suficiente, quando se aplica à escolha de Deus para criar um mundo, dados os atributos de Deus, resulta na conclusão de que este é o melhor mundo possível — sendo esta uma componente fundamental da sua solução do problema do mal. Leibniz contemplou duas maneiras de evitar a conclusão do argumento anterior. A primeira consiste em afirmar que apesar de Deus ser metafisicamente perfeito por necessidade, ou seja, apesar de ter todas as perfeições simples e positivas por necessidade, e apesar de Deus ser moralmente perfeito, não é apesar disso moralmente perfeito por necessidade, mas antes por escolha. A segunda consiste em negar que seja qual for o mundo possível que é o melhor, o é por necessidade, com base na ideia de que a tese de que um dado mundo possível é o melhor acarreta uma comparação com um número infinito de outros mundos possíveis, e portanto, se for verdadeira, só o é contingentemente. De novo, a doutrina da análise infinita é o núcleo dos esforços de Leibniz para estabelecer que, ao contrário das aparências, as suas perspectivas não conduzem ao necessitarismo, ou seja, à tese de que não há contingência genuína.

Grande parte da obra de Leibniz em teologia filosófica tinha como motivação central um esforço para formular uma base filosófica e teológica sólida para vários projectos de união das igrejas — especialmente a união dos luteranos com os calvinistas, do lado protestante, e, em última análise, a união dos protestantes com os católicos. Leibniz pensava que a maior parte dos argumentos clássicos a favor da existência de Deus, se forem formulados com cuidado, ou seja, como Leibniz os formulava, conseguiam provar o que pretendiam. Por exemplo, Leibniz pensava que a versão de Descartes do argumento ontológico estabelecia a existência de um ser perfeito, com uma ressalva crucial: que um ser absolutamente perfeito é possível.

Leibniz pensava que nenhum dos seus antecessores tinha estabelecido essa premissa, e dispôs-se a fazê-lo. A ideia básica da sua tentativa de prova é a seguinte: uma perfeição é uma propriedade simples e positiva. Logo, não pode haver qualquer demonstração de que há uma inconsistência formal ao afirmar que vários aglomerados dessas propriedades são exemplificados pelo mesmo ser. Mas se essa demonstração não existe, é possível que algo tenha todas elas. Logo, um ser perfeito é possível.

Leibniz não abordou em pormenor muitas das questões epistemológicas fundamentais que preocupavam Descartes e os empiristas britânicos. Apesar disso, contribuiu significativamente para a teoria do conhecimento. A sua explicação do nosso conhecimento de verdades contingentes é em grande parte o que seria de esperar de uma epistemologia empirista. Afirmava que o nosso conhecimento de verdades contingentes particulares tem como base a percepção sensorial. Defendia que a indução enumerativa simples não pode dar conta de todo o nosso conhecimento de verdades universais contingentes: tem de ser complementado com o que chamava “método conjectural a priori”, que é um precursor do método hipotético-dedutivo. Contribuiu para o desenvolvimento de uma teoria formal da probabilidade, que considerava essencial para uma explicação adequada do nosso conhecimento de verdades contingentes.

O racionalismo de Leibniz é evidente na sua abordagem do nosso conhecimento a priori, que considerava ser equivalente ao nosso conhecimento de verdades necessárias. Leibniz pensava que o empirismo de Locke não fornecia uma abordagem aceitável do conhecimento a priori, porque tentava localizar todos os materiais da justificação como se derivassem da experiência sensorial, não dando assim atenção ao que Leibniz considerava que era a fonte principal do nosso conhecimento a priori, ou seja, o que é inato na mente. Leibniz resumiu o seu debate com Locke sobre estas questões da seguinte maneira:

As nossas diferenças dizem respeito a questões de alguma importância. É uma questão de saber se a alma em si é inteiramente vazia como uma ardósia na qual nada ainda foi escrito (tabula rasa), […] e se tudo aí inscrito vem unicamente dos nossos sentidos e da experiência, ou se a alma contém originalmente as fontes de vários conceitos e doutrinas que os objectos externos se limitam por vezes a revelar.

A ideia de que alguns conceitos e doutrinas são inatos na mente é central não só na sua teoria do conhecimento, mas também na sua metafísica, porque Leibniz sustentava que os conceitos metafísicos mais básicos, como os conceitos de eu, substância e causalidade, são inatos.

Leibniz usou as ideias por detrás da characteristica universalis para formular um sistema de lógica formal que é uma alternativa genuína à lógica silogística aristotélica e à teoria quantificada contemporânea. Pressupondo que as proposições são, de algum modo, compostas de conceitos, e que todos os conceitos compostos são, de algum modo, compostos de conceitos simples primitivos, Leibniz formulou uma lógica baseada na ideia de atribuição de números a conceitos, segundo certas regras. O programa depende da sua mencionada abordagem da verdade em termos de conceitos contidos uns nos outros. Em conexão com a metateoria desta lógica, Leibniz formulou o princípio eadem sunt quorum unum alteri substitui potest salva veritate (são as mesmas coisas aquelas que podem ser substituídas por outras preservando o valor de verdade). A interpretação adequada deste princípio depende em parte do que tinha Leibniz em mente com “coisas”. É provável que pretendesse formular um critério de identidade entre conceitos. Daí que seja provável que este princípio seja diferente da mencionada identidade dos indiscerníveis, e também do que se passou a chamar lei de Leibniz, ou seja, a tese de que se x e y é o mesmo indivíduo, então o que se diz de x diz-se de y, e vice-versa.

A abordagem delineada centra-se nas perspectivas metafísicas, epistemológicas e lógicas da maturidade de Leibniz. A evolução do seu pensamento nestas áreas merece estudo cuidado, que não poderá chegar a um estado definitivo até toda a sua obra filosófica ter sido publicada na edição da Akademie der Wissenschaften de Berlim.

Robert C. Sleigh
Cambridge Dictionary of Philosophy, ed. Robert Audi (Cambridge: Cambridge University Press, 2015, 3.a ed.) pp. 583–587.

Notas do tradutor

  1. A quantidade de movimento é de facto medida como Descartes propunha, e não como Leibniz defendia. O que Leibniz defendia é hoje entendido como a medida de energia cinética, que difere da quantidade de movimento, ou momento linear. A energia cinética é a energia que um objecto tem devido ao seu movimento; o momento linear é a medida da força necessária para parar um objecto em movimento.↩︎
  2. O que é realmente conservado é o momento linear, em sistemas isolados, e não a energia cinética, que só é conservada em algumas condições.↩︎
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