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Crítica
21 de Dezembro de 2023   Filosofia da linguagem

Filosofia antiga da linguagem

Christopher Shields
Tradução de Desidério Murcho

O mais antigo interesse pela linguagem durante o período grego antigo era em grande medida instrumental: supostos factos sobre a linguagem e as suas características eram postos ao serviço da argumentação filosófica. Talvez inevitavelmente, esta actividade deu lugar à análise da linguagem em si.

9 de Outubro de 2021   Filosofia da linguagem

Linguagem expressiva

William G. Lycan
Tradução de Desidério Murcho

Algumas linguagens são expressivas; seja complementar seja principalmente, expressam sentimentos e/ou atitudes. Há elocuções puramente expressivas, mas há também partículas expressivas, como “raios”, que ocorrem integradas em frases gramaticais.

25 de Janeiro de 2021   Filosofia da linguagem

Significado

Tim Crane
Tradução de Desidério Murcho

A filosofia do século XX, tanto na tradição “analítica” como na “continental”, preocupou-se com questões acerca do significado linguístico, e acerca da maneira como a linguagem se relaciona com a realidade. Na tradição analítica, isto foi em larga medida uma consequência das revoluções ocorridas na lógica, e a que Frege e Russell deram o pontapé de saída.

15 de Fevereiro de 2019   Filosofia da linguagem

Proposições, frases e afirmações

Pascal Engel
Tradução de Desidério Murcho

Uma frase é uma sequência de palavras, formada segundo as regras sintácticas de uma língua. Mas uma frase tanto tem propriedades semânticas como sintácticas: tanto as palavras como a frase completa têm significado. Os filósofos têm tido tendência para se centrar nas propriedades semânticas das frases indicativas, em particular no facto de serem verdadeiras ou falsas.

10 de Novembro de 2016   Filosofia da linguagem

Lógica e conversação

Herbert Paul Grice
Tradução de Matheus Silva

É um lugar-comum da lógica filosófica que há, ou aparenta haver, divergências no significado entre, por um lado, ao menos alguns do que devemos chamar de instrumentos formais — ¬, ∧, ∨, ⊃, (∀x), (∃x), (∃!x) (quando a esses é dada uma interpretação padrão de dois valores) — e, por outro lado, o que são tidos como seus análogos ou contrapartes na linguagem natural — expressões tais como não, e, ou, se, todo, alguns (ou ao menos um), o.

24 de Setembro de 2016   Filosofia da linguagem

Condicionais indicativas

Frank Jackson
Tradução de Matheus Martins Silva

Exemplos de condicionais indicativas são “Se choveu, então o jogo foi cancelado” e “Se Alex jogar, Carlton vencerá”. O contraste é com as condicionais subjuntivas ou contrafactuais, como “Se tivesse chovido, então o jogo teria sido cancelado”, e com categóricos, tal como “Choverá”.

20 de Março de 2012   Filosofia da linguagem

As verdadeiras condicionais?

Matheus Martins Silva
Real Conditionals
de William G. Lycan
Oxford: Oxford University Press, 2005, 236 pp.

O filósofo tradicional faz teorias sobre as frases condicionais do seguinte modo: primeiro, considera alguns exemplos de frases condicionais; em seguida, tem um insight sobre algum princípio geral capaz de revelar algo sistemático subjacente a esses exemplos; por fim, procura reformular ou defender esse princípio diante das frases que parecem escapar ou contradizer a sua explicação.

15 de Fevereiro de 2012   Filosofia da linguagem

Uma nova teoria das contrafactuais

Matheus Martins Silva
Conditionals
de Michael Woods
Oxford: Oxford University Press, 2003, 2.a ed., 164 pp.

Esta é uma obra póstuma: é um fragmento do que seria um dos capítulos de um livro sobre lógica filosófica em que Michael Woods trabalhava por ocasião de sua morte em Abril de 1993. O material foi transcrito por John Foster e editado por David Wiggins. O livro contém oito capítulos, seguidos de comentários de Dorothy Edgington, além de um obituário, um curriculum vitae e a bibliografia de Woods.

22 de Janeiro de 2012   Filosofia da linguagem

Sobre o puzzle de Kripke

D. E. Over
Tradução de Ricardo Miguel

Em “A Puzzle about Belief” (Meaning and Use, ed. by A. Margalit, Reidel, Dordrecht, 1979, pp. 239-283), Kripke enuncia dois princípios que descreve como auto-evidentes. O primeiro é o princípio da descitação: “Se um locutor normal de inglês, sob reflexão, assente sinceramente a ‘P’, então acredita que P” (p. 249).

25 de Julho de 2010   Filosofia da linguagem

Se p, então o quê?

Matheus Martins Silva
If P, then Q: Conditionals and the Foundations of Reasoning
de David H. Sanford
Nova Iorque: Routledge, 2003, 2.ª ed., 304 pp.

Este livro faz parte da série “Os Problemas da Filosofia: o seu Passado e Presente”, dirigida por Ted Honderich. Como os outros livros da série, tem duas partes: a primeira é uma apresentação da história do problema e a segunda é uma exposição das contribuições do próprio autor sobre o tema.

13 de Julho de 2010   Filosofia da linguagem

Filosofia e condicionais

Matheus Martins Silva
A Philosophical Guide to Conditionals
de Jonathan Bennett
Nova Iorque: Oxford University Press, 2003, 408 pp.

As frases condicionais são objeto de pesquisa não só em filosofia, mas também em psicologia e linguística. A bibliografia sobre o tema é densa, por vezes muito técnica e contém hipóteses contra-intuitivas, como a negação de que o modus ponens seja uma forma argumentativa válida.

18 de Maio de 2010   Filosofia da linguagem

Introdução à teoria das descrições de Russell

Sagid Salles Ferreira

Usamos cotidianamente um conjunto de expressões para captar, selecionar ou referir uma determinada coisa particular e podermos em seguida dizer algo sobre essa coisa. Expressões desse tipo incluem nomes próprios, como “Platão” ou “João”, descrições definidas, como “o rei da França” ou “o autor da República”, demonstrativos, como “este” ou “isto”, etc.

21 de Outubro de 2009   Filosofia da linguagem

O argumento da linguagem privada

P. M. S. Hacker
Tradução de Filipe Lazzeri

A expressão “o argumento da linguagem privada” é às vezes usada em referência a uma bateria de argumentos presentes nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein, §§ 243-315, que dizem respeito ao conceito de mente e às suas relações com as suas manifestações comportamentais (o interno e o externo), ao autoconhecimento e ao conhecimento de estados mentais alheios, às exteriorizações de experiências e às descrições de experiências.

25 de Setembro de 2007   Filosofia da linguagem

Soluções engenhosas

Sérgio R. N. Miranda
The Magic Prism: An Essay in the Philosophy of Language
de Howard K. Wettstein
Oxford: Oxford University Press, 2006, 256 pp.

Alguém poderia concordar com seu interlocutor quando este afirmasse a sentença 1) “Muhammad Ali foi o maior boxeador de todos os tempos”, mas tomar por falso ou ficar sem saber o que dizer frente à afirmação de 2) “Cassius Clay foi o maior boxeador de todos os tempos”. Esta pessoa ficaria certamente surpresa com a informação que 3) “Muhammad Ali é Cassius Clay”.

1 de Dezembro de 2006   Filosofia da linguagem

A inescrutabilidade e relatividade da referência segundo Quine

Michael J. Loux e Wm. David Solomon
Tradução de Vítor Guerreiro

Neste ensaio discutiremos as doutrinas da inescrutabilidade e relatividade referenciais tal como surgem nos escritos recentes de Quine, em particular nas John Dewey Lectures, “Relatividade Ontológica”. O ensaio divide-se em três secções.

5 de Agosto de 2003   Filosofia da linguagem

A morte da língua portuguesa

Desidério Murcho
A History of Language
de Steven Roger Fisher
Londres: Reaktion Books, 2004, 240 pp.

Além deste livro, Steven Roger Fisher é autor de A History of Writing (2001), Glyphbreaker: A Decipherer’s Story (1997), A History of the Pacific Islands (2002), Rongorongo: The Easter Island Script (1997) e A History of Reading. O autor fala fluentemente inglês, francês, espanhol e alemão, fala um pouco outras cinco línguas e lê em oitenta idiomas.

6 de Junho de 2003   Filosofia da linguagem

O problema das necessidades epistémicas indesejadas

Célia Teixeira

A teoria descritivista do sentido ou conteúdo de nomes próprios aduzida por Frege e Russell foi durante muitos anos amplamente aceite, e ainda hoje existem muitos partidários desta, quer da versão original quer das versões mais modernas. Se a teoria descritivista do sentido de nomes próprios enfrenta hoje objecções poderosíssimas, ou mesmo definitivas, é graças ao trabalho seminal de Saul Kripke (Kripke, 1972).

3 de Março de 2003   Filosofia da linguagem

Estão os significados na cabeça?

Putnam versus Searle
Célia Teixeira

Durante muitos anos as teorias descritivistas aduzidas por Frege e Russell forneceram o modelo explicativo internista do mecanismo através do qual os nomes próprios e os termos para tipos naturais referem: os nomes e os termos para tipos naturais referem um certo objecto em virtude da descrição definida ou conjunto de descrições  — as intensões — que os falantes associam ao termo denotar um e um só objecto.

10 de Fevereiro de 2001   Filosofia da linguagem

Pretensões exaltadas

Thomas Nagel
Tradução de Carla Hilário de Almeida
Words and Rules
de Steven Pinker
Weidenfeld & Nicolson General, 1999, 359 pp.

O que torna a linguagem um objecto de estudo tão feliz é o facto de existir em todos nós e cada um poder usá-la como uma fonte de dados para confirmar, ou refutar, teorias gerais sobre ela. Nesta excelente obra de divulgação científica, Steven Pinker apresenta-nos a psicolinguística contemporânea, tomando como tópico principal o passado na língua inglesa e a distinção entre verbos regulares e irregulares.

1 de Janeiro de 1998   Filosofia da linguagem

Chomsky, os estruturalistas e a fundação da linguística moderna

John Passmore
Tradução de Pedro Santos

À primeira vista, Noam Chomsky não é um estruturalista. Longe de afirmar que “o homem morreu”, ele ataca a psicologia behaviourista, o capitalismo industrial e o socialismo estatista justamente pela sua falta de humanismo. Sendo um activista político, as suas simpatias vão para a ala anarquista do Humanismo Socialista, excomungado pelos estruturalistas.

1 de Janeiro de 1998   Filosofia da linguagem

Vagueza

A metáfora de Frege e o paradoxo sorites
Linda Claire Burns
Tradução de Pedro Santos

A vagueza não é fácil de caracterizar ou de definir. Uma razão para esta dificuldade é que parece haver várias concepções diferentes de vagueza, e não é claro aquilo que elas têm em comum. Uma apreensão intuitiva de uma das concepções de vagueza é desde logo proporcionada por meio de uma metáfora que Frege usa nos seus Fundamentos da Aritmética.

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ISSN 1749-8457