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Crítica
3 de Junho de 2024   Lógica

Euclides

Bartel Leendert van der Waerden e Christian Marinus Taisbak
Tradução de Desidério Murcho

Euclides (fl. c. 300 a. C., Alexandria, Egipto) foi o mais proeminente matemático da Antiguidade greco-romana, conhecido sobretudo devido ao seu tratado sobre geometria, os Elementos.

16 de Abril de 2024   Lógica

Gottlob Frege

Anthony Kenny
Tradução de Desidério Murcho

Gottlob Frege (1848–1925) foi o fundador da lógica matemática moderna. Como lógico e filósofo da lógica está a par de Aristóteles; como filósofo da matemática não teve igual em toda a história da área.

22 de Dezembro de 2023   Lógica

Por que funciona o teste da estrela?

Harry J. Gensler
Tradução de Rodrigo Canal

A lógica silogística estuda argumentos cuja validade dependem de “todo”, “nenhum”, “alguns” e noções semelhantes. Ao simbolizar esses argumentos, usamos letras maiúsculas para categorias gerais (como “lógico”) e letras minúsculas para indivíduos específicos (como “Gensler”). Também usamos estas cinco palavras: “todos”, “nenhum”, “alguns”, “é” e “não é”.

10 de Outubro de 2023   Lógica

A lógica de Frege

Anthony Kenny
Tradução de Fernando Martinho

O acontecimento mais importante na história da filosofia do século XIX foi a invenção da lógica matemática. Não se tratou apenas de fundar de novo a própria ciência da lógica; foi algo que teve igualmente consequências importantes para a filosofia da matemática, para a filosofia da linguagem e, em última análise, para a compreensão que os filósofos têm da natureza da própria filosofia.

17 de Setembro de 2022   Lógica

Para que serve a lógica?

Desidério Murcho

Uma maneira esclarecedora de compreender o que é a lógica e qual é a sua importância é compreender primeiro o que é o raciocínio e qual é a sua importância. Será aqui abordado sobretudo o raciocínio discursivo, que é onde a lógica desempenha o seu papel mais óbvio, mas nem todo o raciocínio é discursivo. Quando reconhecemos um rosto humano, subimos um lance de escadas ou até quando caminhamos, a quantidade de raciocínio exigida é impressionante. Contudo, está quase inteiramente fora do nosso controlo.

24 de Julho de 2022   Lógica

Condições necessárias e condições suficientes

Paulo Ruas

A linguagem vulgar é muitas vezes vaga, imprecisa e ambígua. No último caso, isto acontece quando os termos que utilizamos para comunicar admitem mais do que uma interpretação, podendo a mesma expressão assumir diferentes significados ou designar diferentes coisas (objetos, acontecimentos, etc.). A expressão “ser humano”, como é sabido, pode ser interpretada no sentido biológico para designar os membros da espécie Homo Sapiens, ou no sentido psicológico, relativo a pessoa.

30 de Setembro de 2021   Lógica

Animal racional?

Steven Pinker
Tradução de Desidério Murcho

Homo sapiens quer dizer hominíneo sábio, e em muitos aspetos merecemos o epíteto específico do binómio de Lineu. A nossa espécie fez a datação da origem do Universo, sondou a natureza da matéria e da energia, descodificou os segredos da vida, desvendou o circuito da consciência e fez a crónica da nossa história e da nossa diversidade.

17 de Maio de 2021   Lógica

Por que precisamos de uma lógica de predicados?

Paulo Ruas

A lógica proposicional é, em demasiados aspetos, bastante limitada. Apenas permite dar conta das condições de validade de um conjunto restrito de argumentos dedutivos.

24 de Fevereiro de 2021   Lógica

O que é uma explicação matemática?

Sardinhas, pontes e cigarras
Eduardo Castro

Por que razão não consigo dividir sete sardinhas inteiras por três gatos? Por que razão não consigo atravessar as sete pontes de Königsberg, uma só vez e numa única caminhada? Por que razão a espécie Magicicada de cigarras da América do Norte tem ciclos de vida ímpares, de 13 ou 17 anos?

26 de Abril de 2020   Lógica

Elementar?

Artur Polónio
Lógica Elementar: Raciocínio, linguagem e realidade
de Desidério Murcho
Lisboa: Edições 70, 2019, 382 pp.

Não nos iludamos. É difícil construir um avião mais rápido do que uma bala. É difícil correr a maratona. Compor As Bodas de Fígaro não deve ter sido fácil. Escrever Os Miseráveis também não. A física é difícil, a matemática é difícil. A lógica é difícil. Muitas coisas valiosas são difíceis — e pretender que não são é iludirmo-nos.

5 de Março de 2020   Lógica

Lógica proposicional

Álvaro Nunes

A lógica enquanto ciência que estuda as condições de validade dos argumentos foi fundada por Aristóteles (384-322 a. C.). Paralelamente ao estudo da noção de validade e de outras noções centrais da lógica, Aristóteles desenvolveu a teoria do silogismo.

17 de Fevereiro de 2019   Lógica

Pensamento crítico

Sven Ove Hansson
Tradução de Desidério Murcho

Pelo menos desde a década de oitenta, em colégios e universidades por todo o planeta têm sido dados cursos de pensamento crítico. Estes cursos são na sua maioria leccionados pelos departamentos de filosofia, e visam dar aos estudantes as competências gerais que são necessárias em todas as disciplinas académicas.

12 de Fevereiro de 2019   Lógica

Lógica aristotélica

Insistir porquê?
Aires Almeida

Alguns professores de Filosofia têm reagido negativamente às alterações recentemente introduzidas pelas Aprendizagens Essenciais (AE) ao ensino da lógica no secundário. Mais precisamente, os seus protestos são contra o seguinte: 1) O fim da “opção segundo os paradigmas das lógicas aristotélica ou proposicional”; 2) A passagem da lógica do 11.º ano para o início do 10.º ano.

6 de Fevereiro de 2019   Lógica

É lógico, Aristóteles

Desidério Murcho

Todas as pessoas usam inevitavelmente, e sempre usaram, raciocínios dedutivos das mesmas formas lógicas — uns válidos, outros inválidos. Isso é particularmente visível nos diálogos de Platão, mas também no pensamento clássico indiano e chinês.

28 de Agosto de 2018   Lógica

Tipos de probabilidade

I. J. Good
Tradução de Desidério Murcho

O matemático, o estatístico e o filósofo fazem coisas diferentes com uma teoria da probabilidade. O matemático desenvolve as suas consequências formais, o estatístico aplica o trabalho do matemático e o filósofo descreve em termos gerais em que consiste esta aplicação. O matemático desenvolve instrumentos simbólicos sem se preocupar muito com o seu uso; o estatístico usa-os; o filósofo fala acerca deles.

21 de Janeiro de 2017   Lógica

Paradoxo sem auto-referência

Stephen Yablo
Tradução de Hugo Luzio

Por que são algumas frases paradoxais e outras não? Desde Russell, a resposta universal tem sido: circularidade, e, mais especificamente, auto-referência.

14 de Junho de 2016   Lógica

O bilhete inferencial de automóvel ligeiro

A. N. Prior
Tradução de Desidério Murcho

Alega-se por vezes que há inferências cuja validade emerge unicamente dos significados de certas expressões que nelas ocorrem. Os tecnicismos específicos que se usa não são importantes, mas digamos que essas inferências, se é que as há, são analiticamente válidas.

22 de Maio de 2016   Lógica

Mais precisamente

Matheus Martins Silva
More Precisely: The Math You Need to do Philosophy
de Eric Steinhart
Toronto: Broadview Press Ltd, 2009, 210 pp.

Alguns livros introdutórios de matemática têm a infelicidade de serem repletos de formalismos desnecessários e tecnicismos avançados que só interessam para fazer investigação em matemática, mas são incompreensíveis para filósofos.

14 de Janeiro de 2016   Lógica

Problemas de interpretação da teoria do silogismo

Robin Smith
Tradução de Rui Daniel Cunha

A teoria lógica moderna rejeita a silogística como uma teoria geral da validade dado que a sua teoria das formas proposicionais é demasiado limitada. Contudo, é possível interpretar a silogística como um fragmento de uma teoria lógica mais geral, como o cálculo de predicados.

7 de Janeiro de 2016   Lógica

O que a Tartaruga disse a Aquiles

Lewis Carroll
Tradução de Vítor Guerreiro

Aquiles alcança a tartaruga e senta-se confortavelmente na sua carapaça.

— Então, chegaste ao fim da nossa corrida — perguntou a Tartaruga — apesar de consistir numa série infinita de distâncias? Supunha que um certo sabichão havia provado que tal não poderia ser feito.

18 de Outubro de 2015   Lógica

Mais um dogma do empirismo

Saul Kripke
Tradução de Desidério Murcho

É conhecida a rejeição de Quine da “teoria do significado” — concebida como uma teoria de noções intensionais como sinonímia, analiticidade, intensão, e assim por diante — assim como a sua aceitação da “teoria da referência”. A discrepância resulta certamente da diferença entre os paradigmas destas teorias.

20 de Setembro de 2015   Lógica

A verdadeira forma do silogismo aristotélico

Jan Łukasiewicz
Tradução de Rui Daniel Cunha

Em três obras filosóficas publicadas recentemente, aquilo que se segue é fornecido como um exemplo de um silogismo aristotélico: Todos os homens são mortais; Sócrates é um homem; logo, Sócrates é mortal. Este exemplo parece muito antigo.

14 de Agosto de 2015   Lógica

Validade formal e verdade

Álvaro Nunes

Uma das noções que os alunos têm mais dificuldade em compreender é a de validade. Mesmo depois de termos dedicado algumas aulas a esta noção, um número razoável de alunos comete erros na sua explicação ou aplicação.

15 de Julho de 2015   Lógica

Tocar à campainha aqui e na China

Júlio Sameiro

Se o leitor for europeu, se souber que fui eu que toquei à campainha e quiser mostrar que me respeita, não demorará a abrir a porta. Porém, o meu amigo Fong, formado na velha cultura chinesa, vai fazer-me esperar uns minutos... para mostrar que me respeita. Algumas pessoas explicam diferenças surpreendentes deste tipo afirmando que europeus e chineses pensam segundo “lógicas diferentes”.

4 de Julho de 2015   Lógica

Argumentação e retórica

Álvaro Nunes

A lógica formal e a lógica informal têm como objectivo distinguir os argumentos válidos dos argumentos inválidos e os argumentos bons dos argumentos maus. Quer no caso da lógica formal quer no caso da lógica informal, trata-se de estabelecer critérios objectivos que permitam saber, com o maior rigor possível, quando a conclusão de um argumento é verdadeira ou provável, caso as premissas também o sejam.

15 de Setembro de 2012   Lógica

Para uma vida humana realizada

Carlos Pires
Pensar de A a Z
de Nigel Warburton
Lisboa: Bizâncio, Setembro de 2012, 240 pp.
Tradução de Vítor Guerreiro
Revisão científica e introdução de Desidério Murcho

Imagine que um colega seu afirma que uma certa ideia — por exemplo que se deve apostar na produção de vinho — é falsa pois Salazar também a defendia. O leitor compreende que há algo de errado nessa afirmação, mas tem dificuldade em explicar porquê.

30 de Novembro de 2011   Lógica

Pseudo-argumentos

Desidério Murcho

Ocorre um pseudo-argumento quando alguém apresenta o que, semanticamente, é sem dúvida um argumento, mas o apresenta de tal modo que, pragmaticamente, é apenas um acto discursivo alheio à argumentação.

2 de Julho de 2011   Lógica

A lógica estóica segundo Suzanne Bobzien

Aldo Dinucci

Suzanne Bobzien, professora de Yale, especializada em filosofia da lógica, filosofia da linguagem e filosofia antiga, nos oferece, em “Stoic Logic” (The Cambridge Companion to the Stoics, org. Brad Inwood, Cambridge: Cambridge University Press, 2003, pp. 85–123), uma profunda análise da lógica estóica.

3 de Abril de 2011   Lógica

O puzzle lógico mais difícil de sempre

George Boolos
Tradução de Ricardo Miguel

Há alguns anos, o lógico e especialista em puzzles Raymond Smullyan inventou um puzzle lógico que não tem adversários que eu conheça para o título de Puzzle Lógico Mais Difícil de Sempre. Apresentarei aqui o puzzle, darei a solução, e depois discutirei brevemente um dos seus aspectos mais interessantes.

3 de Abril de 2011   Lógica

Lógica e sistemas lógicos

Ricardo Sousa Silvestre

O termo “lógica”, e muitos de seus derivados como “lógico”, “logicamente” e “ilógico”, aparecem em diversas instâncias do nosso discurso quotidiano. Muitas vezes nos perguntamos sobre a lógica de uma determinada afirmação, ou falamos, por exemplo, que é ilógico que certo enunciado ou hipótese seja verdade; ou que se certo enunciado A for verdade, logicamente o enunciado B será verdade; ou que é ilógico que acreditemos simultaneamente nos enunciados A e B.

1 de Abril de 2011   Lógica

Proposições aplicáveis a si mesmas

J. Ellis McTaggart
Tradução de Leandro de Oliveira Pereira

O Sr. L. Wittgenstein em seu Tractatus Logico-Philosophicus (p. 57) observa, o que muitas vezes, é claro, foi dito anteriormente, que nenhuma proposição pode “dizer seja o que for sobre si mesma” (“etwas über sich selbst aussagen”). Penso que há um sentido em que isso é claramente verdadeiro. Entretanto, a afirmação é bastante ambígua e requer uma especificação adicional.

13 de Março de 2011   Lógica

Paradoxos

R. M. Sainsbury
Tradução de Aluízio Couto

Os paradoxos são divertidos. Na maior parte dos casos, são fáceis de enunciar e imediatamente nos instam a tentar “resolvê-los”.

21 de Dezembro de 2010   Lógica

Nietzsche sobre a lógica

Steven D. Hales
Tradução de Desidério Murcho

As críticas de Nietzsche à lógica ocupam um lugar muitíssimo peculiar na história da filosofia. Nos mais de cem anos desde que ficou louco, o conhecimento da lógica e a sensibilidade a ela tornou-se para muitos um sine qua non do filosofar.

15 de Novembro de 2010   Lógica

Argumentos e explicações

Douglas Walton
Tradução de Artur Polónio

Até aqui, aprendemos neste capítulo a reconhecer muitas espécies diferentes de argumentos, e começámos a aprender a analisá-los e a avaliá-los. Tendo chegado a este ponto, há uma tendência para ver argumentos em toda a parte, e mesmo para classificar como argumentos coisas que realmente não são, de todo, argumentos, apesar de poderem parecê-lo.

15 de Novembro de 2010   Lógica

Excerto de um apócrifo de Platão

Ou a demonstração informal da validade de um silogismo em DARII
Artur Polónio

Sócrates — Assim, pretendes tu, meu jovem amigo, ser capaz de demonstrar-me que, dado que pretendo que todos os políticos são maçadores, estou racionalmente obrigado a aceitar que alguns poetas são maçadores. Por mim, não precisarias de esforçar-te muito. Para me persuadir de que alguns poetas são maçadores basta ler os que por aí andam, e por aí escrevem.

24 de Outubro de 2010   Lógica

Realidade e forma lógica

Desidério Murcho

Quase todas as pessoas que hoje conhecem a lógica formal beberam com o leite materno da sua formação uma ideia que há razões para pensar que é ilusória. A ilusão é semelhante à que respeita à concepção metafísica de analiticidade, rejeitada por Boghossian.

26 de Setembro de 2010   Lógica

Lógica, psicologia e epistemologia

Desidério Murcho

A lógica moderna começa com a rejeição do psicologismo, defendido por John Stuart Mill — e ainda hoje presente nas zonas mais anémicas da cultura. A ideia psicologista é cientificista: considerando, erradamente, que o que torna a física científica é a dependência da experiência segue-se que se a lógica ou a matemática quiserem ser científicas, terão de depender também da experiência.

26 de Maio de 2010   Lógica

Imensamente informativo

Matheus Martins Silva
Filosofia das Lógicas
de Susan Haack
Tradução de Cezar Augusto Mortari e Luiz Henrique de Araújo Dutra
São Paulo: Editora UNESP, 2002, 359 pp.

Susan Haack oferece neste livro um acesso fascinante à filosofia da lógica: área da filosofia que tem como objeto de estudo os problemas e fundamentos das diferentes lógicas. Este livro é um bom antídoto para professores de lógica que têm o hábito de apresentar apenas o cálculo bivalente proposicional e de predicados de primeira ordem.

8 de Maio de 2010   Lógica

Supressão de provas

Desidério Murcho

A falácia da supressão de provas ou indícios é de tal modo grave que um biólogo, físico ou químico apanhado a fazer tal coisa perderá muito provavelmente o emprego, além de se tornar alvo da merecida reprovação por parte dos colegas.

11 de Abril de 2010   Lógica

Lógica matematizada

The Mathematics of Logic: A Guide to Completeness Theorems and Their Applications
de Richard Kaye
Cambridge: Cambridge University Press, 2007, 216 pp.

Richard Kaye é o autor deste exigente manual avançado de lógica moderna, apresentado do ponto de vista algébrico. A sua complexidade torna-o, paradoxalmente, um manual extremamente interessante para o leitor já experiente no material canónico da maioria dos livros introdutórios de lógica.

7 de Fevereiro de 2010   Lógica

Definições: disjunção significa disfunção?

Justine Kingsbury e Jonathan McKeown-Green
Tradução de Desidério Murcho

Muitas das pessoas que duvidam do seu carácter analítico concordam contudo com a afirmação de que uma solteirona é uma mulher em idade de casar que ainda não casou. É também provável que concordem que esta afirmação tem o ar de uma definição.

5 de Outubro de 2009   Lógica

Argumentos indutivos, validade e força

Artur Polónio

A avaliação de argumentos indutivos coloca, por vezes, alguns problemas e dá, por vezes, origem a algumas confusões.

5 de Março de 2008   Lógica

Prosa clara e rigor conceitual

Matheus Martins Silva
A Prova de Gödel
de Ernest Nagel e James R. Newman
Tradução de Gita K. Guinsburg
São Paulo: Editora Perspectiva, 2001, 100 pp.

Este livro introduz o leitor a uma das descobertas mais importantes do século XX: os teoremas da incompletude de Gödel.

22 de Abril de 2007   Lógica

Argumentos válidos formalmente inválidos

Desidério Murcho

Faz-se por vezes algumas confusões no que respeita ao conceito de argumento formalmente inválido. Nomeadamente, pensa-se erradamente que se um argumento é formalmente inválido, então é inválido. Isso é falso. Há argumentos válidos formalmente inválidos.

31 de Outubro de 2006   Lógica

Poderoso instrumento de estudo

Paulo Margutti
Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos
direcção de João Branquinho, Desidério Murcho e Nelson Gonçalves Gomes
São Paulo: Martins Fontes, 2006, 803 pp.

Publicada inicialmente em Portugal, em 2001, pela Editora Gradiva, de Lisboa, sob a organização de João Branquinho e Desidério Murcho, a Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos surge agora pela Editora Martins Fontes, como resultado de uma colaboração entre os mencionados autores portugueses e o brasileiro Nelson Gonçalves Gomes, da Universidade de Brasília.

4 de Outubro de 2006   Lógica

O que é uma condição necessária?

Desidério Murcho

Usa-se por vezes um certo tipo de exemplos de condicionais, em contextos didácticos, que, estritamente falando, não devem ser usados. Porque se usa esses exemplos, surgem perplexidades com respeito à definição de condição necessária. O objectivo deste artigo é mostrar que tais perplexidades têm origem no uso de exemplos inadequados, e explicar por que razão tais exemplos são inadequados.

7 de Abril de 2006   Lógica

A revolução silenciosa

Desidério Murcho
Incompletude: A Demonstração e o Paradoxo de Kurt Gödel
de Rebecca Goldstein
Tradução de David Gaspar
Lisboa: Gradiva, 2009, 300 pp.

Gödel (1906-78) foi o mais importante lógico do século XX. O seu teorema da incompletude da aritmética pôs fim ao sonho empirista e formalista dos positivistas. Mas o verdadeiro alcance das suas ideias foi tranquilamente ignorado praticamente até hoje. Gödel demonstrou que a ideia de que a matemática é apenas um jogo de símbolos é falsa.

24 de Março de 2006   Lógica

Falácia dos quatro termos?

João Branquinho

Considere-se o seguinte argumento: Premissa 1: O que é raro é valioso. Premissa 2: As jóias baratas são raras. Conclusão: As jóias baratas são valiosas. Aparentemente, as premissas deste argumento são verdadeiras e a conclusão falsa. Aparentemente, este é um argumento inválido. Também aparentemente, o argumento é inválido mas parece válido, caso em que estaríamos perante uma falácia.

3 de Dezembro de 2005   Lógica

Política, lógica e amor

Desidério Murcho
From Trotsky to Gödel: The Life of Jean Van Heijenoort
de Anita Burdman Feferman
Wellesley, MA: A. K. Peters, 1993, 432 pp.

Van Heijenoort (1912–1986) foi um destacado historiador da lógica formal, conhecido sobretudo por ter organizado a importante antologia From Frege to Gödel: A Source Book in Mathematical Logic. Antes da sua carreira académica nos Estados Unidos da América, Heijenoort foi o secretário particular de Trotsky — um eufemismo para “guarda-costas”.

30 de Setembro de 2005   Lógica

O mundo não respeita a lógica?

Matheus Martins Silva

Um dos argumentos utilizados por subjetivistas é a de que o mundo não tem que respeitar as leis da lógica, que não passariam de convenções humanas. O jovem Nietzsche em carta a um amigo é um exemplo deste modo de pensar: “Meu caro, as visões da vida não são criadas nem anuladas pela lógica! Eu me encontro bem nestes ares, tu em outros. Respeita o meu nariz como eu respeito o teu!”.

10 de Junho de 2005   Lógica

Os instrumentos do ofício

James W. Cornman, Keith Lehrer e George S. Pappas
Tradução de Álvaro Nunes

Às vezes diz-se que a filosofia é uma disciplina dialéctica, querendo com isso dizer que a filosofia procede através de argumentos e contra-argumentos. É claro que, num certo sentido, todas as disciplinas dependem de argumentos, mas o raciocínio lógico tem na filosofia um papel proeminente.

7 de Maio de 2005   Lógica

Indução cogente

James W. Cornman, Keith Lehrer e George S. Pappas

Num argumento indutivo as premissas são indícios a favor da conclusão ou hipótese. Ao contrário de um argumento dedutivo sólido, no qual as premissas implicam a conclusão, num argumento indutivo sólido as premissas não implicam a hipótese inferida.

9 de Fevereiro de 2005   Lógica

Argumentação e lógica formal

John Shand
Tradução de Artur Polónio

O objectivo geral deste livro é apresentar os instrumentos básicos e os princípios do raciocínio correcto em argumentos, e sugerir como se devem adquirir processos habituais de ultrapassar as forças causais que minam o raciocínio.

3 de Dezembro de 2004   Lógica

Lógica informal

Leo Groarke
Tradução de Eliana Curado

A Lógica Informal é uma tentativa de desenvolver uma lógica que possa ser usada para avaliar, analisar e aprimorar os raciocínios informais que ocorrem em relacionamentos interpessoais, propagandas, debates políticos, argumentos legais e nos comentários sociais encontrados em jornais, televisão, Internet e outras formas de comunicação de massa.

9 de Setembro de 2004   Lógica

Conceitos, juízos e raciocínios

Paulo Ruas

O objectivo destas páginas é esclarecer as noções de conceito, juízo e raciocínio. Estas noções surgem recorrentemente no ensino secundário. Todavia, graças à confusão da generalidade dos manuais disponíveis, professores e estudantes sentem-se perdidos quando se trata de compreender claramente estas noções centrais em filosofia.

3 de Setembro de 2004   Lógica

Algumas noções de lógica

António Padrão

Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objecto de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina estuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumentos, inferências e raciocínios são termos equivalentes.

21 de Agosto de 2004   Lógica

Conceitos básicos de lógica

Paulo Ruas

O objectivo da lógica consiste no estudo das formas de argumentação válidas. Esta é uma primeira caracterização abrangente da disciplina e, por essa razão, encontramo-la com frequência em textos introdutórios.

7 de Agosto de 2004   Lógica

Implicação existencial: dois conceitos

António Zilhão

De entre os conceitos cujo estudo faz parte do curriculum da cadeira de Lógica da licenciatura em Filosofia, um dos que mais dificuldades costuma trazer à aprendizagem do estudante médio é o conceito de implicação existencial.

4 de Abril de 2004   Lógica

Conteúdo empírico: um dogma persistente

Célia Teixeira

É comum encontrar-se nos livros de filosofia afirmações como a de que as verdades da lógica não têm conteúdo factual, que nada dizem acerca do mundo, e, como tal, são imunes à refutação pela observação. Este é um dos dogmas mais enraizados do positivismo lógico. O objectivo deste artigo é desfazer o dogma.

18 de Fevereiro de 2004   Lógica

Lógica chinesa?

André Bueno

A razão pelo qual decidi produzir este artigo deve-se à um problema essencialmente “ocidental” em relação ao pensar filosófico: existe ou não um sistema de lógica formal clássica na China?

1 de Janeiro de 2004   Lógica

Argumentos dedutivos e indutivos

Desidério Murcho

É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso contrário será tudo muito confuso.

23 de Novembro de 2003   Lógica

Lógica paraconsistente

Décio Krause

Tradicionalmente, a presença de contradições em teorias, sistemas matemáticos ou mesmo no discurso usual sempre foi considerada como sintoma de erro. A própria idéia de racionalidade, de difícil explicação, parece passar pelo requisito da ausência de contradição. Alguém que se contradiz não pode ser “racional”, é o que geralmente se pensa.

21 de Setembro de 2003   Lógica

Limites do papel da lógica na filosofia

Desidério Murcho

Aristóteles considerava a lógica um instrumento filosófico imprescindível e a tradição escolástica cultivou a argumentação estritamente silogística. No entanto, a cultura filosófica está hoje dividida quanto ao papel da lógica na filosofia.

21 de Setembro de 2003   Lógica

Lógica viva

Desidério Murcho
Logic: A Very Short Introduction
de Graham Priest
Oxford: Oxford University Press, 2001, 128 pp.

Este livro de Priest desfaz vários equívocos sobre a lógica, é rigoroso e correcto, é estimulante e faz pensar. Não ensina lógica — mas não era esse o objectivo. O objectivo é oferecer ao leitor uma panorâmica geral da disciplina da lógica — que tipo de coisas se estuda em lógica?

26 de Agosto de 2003   Lógica

Argumento, persuasão e explicação

Desidério Murcho

Este artigo procura esclarecer dois aspectos relacionados e subtis da noção de argumento. Trata-se da noção especializada de argumento forte ou fraco e da distinção entre argumentos e explicações.

20 de Fevereiro de 2003   Lógica

A lógica só é interessante quando se cala?

Artur Polónio
O Lugar da Lógica na Filosofia
de Desidério Murcho
Plátano, 2003, 167 pp.

A lógica só é interessante quando se cala: eis a tese que a presente obra claramente refuta. Nunca, até O Lugar da Lógica na Filosofia, se tinha publicado em língua portuguesa uma obra que, de maneira simultaneamente acessível e rigorosa, apresentasse os elementos básicos da lógica — formal e informal — e, ao mesmo tempo, estabelecesse claramente o lugar da lógica na filosofia.

20 de Março de 2002   Lógica

Moral da história?

Júlio Sameiro

No artigo “O Homem Que Queria Refutar Galileu” apresentámos o Modus Tollens (MT) e tentámos mostrar a sua simpática presença em tudo quanto é discussão: dos debates quotidianos à investigação científica.

19 de Março de 2002   Lógica

Lógica indutiva e lógica dedutiva

Mark Sainsbury
Tradução de Desidério Murcho

Há uma velha tradição segundo a qual há dois ramos da lógica: a lógica dedutiva e a indutiva. Mais recentemente, as diferenças entre estas disciplinas tornaram-se tão profundas que a maior parte das pessoas usam hoje em dia o termo “lógica” com o significado de lógica dedutiva, reservando termos como “teoria da confirmação” para abranger pelo menos parte do que se costumava chamar “lógica indutiva”.

19 de Março de 2002   Lógica

Lógica informal

Aires Almeida

Os filósofos procuram resolver problemas. É por isso que apresentam teorias, ideias ou teses. Estas três coisas não são exactamente o mesmo, mas para simplificar iremos falar apenas de teorias. A diferença é a seguinte: ao passo que uma teoria é uma forma completamente articulada de resolver um problema, uma ideia ou uma tese é algo mais vago.

19 de Março de 2002   Lógica

Argumentar correctamente

Álvaro Nunes
Informal Logic: A Handbook for Critical Argumentation
de Douglas Walton
Cambridge, Cambridge University Press, 1999, 292 pp.

Leo Groarke, no artigo acerca da lógica informal que escreveu para a Stanford Encyclopedia of Philosophy, refere a existência de três perspectivas principais acerca da investigação neste campo.

19 de Março de 2002   Lógica

O homem que queria refutar Galileu

Júlio Sameiro

O desenvolvimento do espírito crítico é o objectivo mais consensual do ensino da filosofia. O que não é claro nem consensual é o modo como isso se faz. Penso que se exercita o espírito crítico tentando refutar (destruir, mostrar a falsidade de) as teses ou teorias com que deparamos. E tentar a refutação é ensaiar o Modus Tollens contra essas teses ou teorias.

19 de Março de 2002   Lógica

Dummett e a interpretação intuicionista do teorema de Gödel

Paulo Ruas

Em O Significado Filosófico do Teorema de Gödel, Michael Dummett propõe uma interpretação anti-realista dos resultados alcançados por Gödel acerca das limitações dos sistemas formais. Esta interpretação milita ainda a favor de uma concepção intuicionista da matemática.

19 de Março de 2002   Lógica

Perplexidades lógicas

Desidério Murcho

Este estudo tem por objectivo fornecer ao leitor já familiarizado com a lógica elementar alguns resultados menos evidentes cujo desconhecimento pode gerar alguma perplexidade.

19 de Março de 2002   Lógica

Uma história de 358 anos

Pedro Galvão
Fermat’s Enigma: The Epic Quest to Solve the World’s Greatest Mathematical Problem
de Simon Singh
Nova Iorque: Anchor Books, 1998, 315 pp.

No final do Verão de 1994, depois de oito anos de trabalho intenso, o matemático Andrew Wiles estava disposto a admitir a derrota. O último teorema de Fermat parecia ter ficado uma vez mais por demonstrar.

5 de Março de 2000   Lógica

Guia das falácias

Stephen Downes
Tradução e adaptação de Júlio Sameiro

O objectivo de um argumento é expor as razões (premissas) que sustentam uma conclusão. Um argumento é falacioso quando parece que as razões apresentadas sustentam a conclusão, mas na realidade não sustentam. Da mesma maneira que há padrões típicos, largamente usados, de argumentação correcta, também há padrões típicos de argumentos falaciosos. A tradição lógica e filosófica procurou fazer um inventário e dar nomes a essas falácias típicas e este guia faz a sua listagem.

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ISSN 1749-8457